NÃO DEIXE AS PESSOAS TE COLOCAREM NAS TEMPESTADES DELAS. COLOQUE-AS NA SUA PAZ. Buda.

NÃO DEIXE AS PESSOAS TE COLOCAREM NAS TEMPESTADES DELAS. COLOQUE-AS NA SUA PAZ. Buda.
"Por favor, para entrar aqui agora é preciso pés descalços e nenhuma armadura. Não existe tristeza em mais nenhum canto desta casa, tudo foi limpo e adornado com amor." Marla de Queiroz*****NÃO DEIXE AS PESSOAS TE COLOCAREM NAS TEMPESTADES DELAS. COLOQUE-AS NA SUA PAZ. Buda.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Foto tirada da net

AS MÃOS DA MINHA AVÓ

A minha avó que tinha mais de 90 anos, estava sentada num banco na varanda e tinha um aspeto fraco.
Ela não se mexia, estava apenas sentada a fixar seu olhar nas mãos.

 Quando me sentei ao pé dela, nem sequer se mexeu, não teve nenhuma reação.
Eu não a queria perturbar, mas ao fim de um certo tempo perguntei-lhe se estava bem. Ela levantou a cabeça e sorriu para mim.

- Sim, eu estou bem, não te preocupes, respondeu ela com uma voz forte e clara.
- Eu não a queria incomodar, mas você estava aí com o olhar fixado nas suas mãos e eu apenas pretendi saber se estava tudo bem consigo.

- Já alguma vez viste bem as tuas mãos ? perguntou-me ela.
- Quer dizer, vê-las como deve de ser?

Então eu olhei para as minhas mãos e fixei-as. Sem compreender bem o que ela queria dizer, respondi que não, nunca tinha olhado bem para as minhas mãos.

A minha avó sorriu para mim e contou-me o seguinte:
- Pára um bocadinho e pensa bem como as tuas mãos te têm servido desde a tua nascença.
E continuou...
- As minhas mãos cheias de rugas, secas e fracas, foram as ferramentas que eu utilizei para abraçar a vida. Elas permitiram agarrar-me a qualquer coisa para evitar que eu caísse, antes que eu aprendesse a andar.
Elas levaram a comida à minha boca e vestiram-me.

Quando era criança a minha mãe mostrou-me como uni-las para rezar.
Elas ataram as minhas botas e meus sapatos. Elas tocaram no meu marido e enxugaram as minhas lágrimas quando ele foi para a guerra.

Elas já estiveram sujas, cortadas, enrugadas e inchadas. Elas não tiveram jeito nenhum quando tentei segurar o meu primeiro filho.
Decoradas com a aliança de casamento, elas mostraram ao mundo que eu amava alguém único e especial.

Elas escreveram cartas ao teu avô, e tremeram quando ele foi enterrado. Elas seguraram os meus filhos, depois os meus netos.
Consolaram os vizinhos e também tremeram de raiva quando havia alguma coisa que eu não compreendia.

Elas cobriram o meu rosto, pentearam os meus cabelos e lavaram o meu corpo. Elas já estiveram pegajosas, úmidas, secas e com rugas.
Hoje, como nada funciona como dantes para mim, elas continuam a amparar-me e, eu ainda as uno para orar.
Estas mãos contêm a história da minha vida, mas, o mais importante, é que serão estas mesmas mãos que
dia, Deus segurará para me levar com Ele para o seu Paraíso.

Com elas, Ele me colocará a Seu lado. E lá, eu poderei utilizá-las para tocar na face de Cristo.
Pensativo, eu olhava para as minhas mãos. Nunca mais as verei da mesma maneira.

Mais tarde, Deus estendeu as Suas mãos e levou a minha avó.
Quando eu me machuco nas mãos, quando elas são sensíveis, quando acarinho os meus filhos ou a minha esposa, penso sempre na minha avó.

Apesar da sua idade avançada, ainda teve inteligência suficiente para me fazer compreender o valor das minhas mãos!..

Obrigado DEUS, pelas minhas Mãos!...
Tradução e Adaptação de Faustino Rosário

Nenhum comentário: