Perguntaram-me se eu sabia como era o rosto de Deus. Respondi que o rosto eu não sabia, mas sabia como era o som, porque adoro conversar com Ele. Perguntaram-me novamente então qual era. É a gargalhada dobrada de um bebê, ou a chuva caindo no telhado de madrugada, ou a mãe dando boa noite a gente deitada na cama, ou a respiração do filho deitado em nosso peito, ou a voz de um amigo que nos acalma, ou os latidos de felicidade do cachorro quando a gente chega em casa, ou o som da música da brisa do mar enquanto nossos cabelos dançam, ou os pássaros cantando porque o dia amanheceu. Deus fala comigo o tempo todo. E eu amo ouvi-Lo.
A arte de ser feliz. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim. Cecilia Meireles
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