sexta-feira, 4 de agosto de 2023





 Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. O último para dizer “obrigada”.

O último para dizer “me desculpa”. O último para dizer “eu te amo”. O último para abraçar cada pessoa amada com aquele abraço bom que faz um coração cantar para o outro.
O último para apreciar a vida com o entusiasmo que não guarda nenhuma delícia nem ternura pra depois.
O último para fazer as pazes. Para desfazer enganos. Para saborear com calma, como se me servissem um banquete, a preciosidade genuína que cada único respiro humano representa...
Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. Eu não perderia uma chance para me presentear com os agrados que me nutrem. Eu criaria mais oportunidades para dizer o meu amor. Para expressar a minha admiração.
Para destacar para cada pessoa a beleza singular que ela tem. Para compartilhar. Eu não adiaria delicadezas.
Não pouparia compreensão. Não desperdiçaria energia com perigos imaginários e com uma série de bobagens que só me afastam da vida.
Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último, porque pode ser.
Ana Jácomo


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