A Hóspede
Não precisa bater quando chegares.
Toma a chave de ferro que encontrares
sobre o pilar, ao lado da cancela,
e abre com ela
a porta baixa, antiga e silenciosa.
Entra. Aí tens a poltrona, o livro, a rosa,
o cântaro de barro e o pão de trigo.
O cão amigo
pousará nos teus joelhos a cabeça.
Deixa que a noite, vagarosa, desça.
Cheiram a relva e sol, na arca e nos quartos,
os linhos fartos,
e cheira a lar o azeite da candeia.
Dorme. Sonha. Desperta. Da colméia
nasce a manhã de mel contra a janela.
Fecha a cancela
e vai. Há sol nos frutos dos pomares.
Não olhes para trás quando tomares
o caminho sonâmbulo que desce.
Caminha - e esquece.
(Guilherme de Almeida)
4 comentários:
Deus te abençoe minha irmã,Que tudo aí esteja bem, com a graça de Deus. Que poema lindo! e a imagem é muito bonita! Lembra nossa casinha la da roça. Quanta saudades. Fala com Claudia que não esqueci das receitas dela.Assim que a irmã me passar eu envio. Fica com Deus. Beijos ,te amo.
Deus te a bençoe minha irmã.Que foto linda? E o poema tambem.Fica com Deus.Tenha uma ótima semana.
Inha não consigo enviar o comentario.
Não consigo postar comentario.
Postar um comentário